Voluntariado

 Voluntariado, o desafio 


Pra mim o voluntariado foi um desafio. 

Saber a hora de parar. Entender só o que me cabe, só o que eu preciso fazer e o que não. 



Eu sou uma pessoa muito pró ativa e pra entender aonde eu começo e aonde eu termino, foi uma luta. 


São 4h de trabalho, o que acontece antes e depois não me interessa. Claro que temos que estar sempre ligados, mas não como que 100% do tempo. 

Diferente dessas grandes corporações que nos ensinam sempre a fazer mais e mais. Você nunca pára, acaba. Você sempre tem que fazer mais. E esse mais, nunca é o suficiente. Você foi contratada pra emitir Nf, você quase que tem que carregar o caminhão. As grandes empresas nos colocam num lugar de que, nunca fazemos o bastante e sempre temos que fazer mais. É quase nunca nos remuneram pra isso, por isso muitas pessoas desanimam. 


Eles colocam isso como ser pró ativo, fazem com que se orgulhe de ser assim. De estar sempre disposto a “ajudar” os outros. A pegar mais e mais trabalho na vergonha, ou medo, de dizer não. Se rolando de horas extras (nem sempre remuneradas e iludidas na forma de banco de horas, que nunca são tirados). 


É difícil tirar essa crença de dentro de nós. De que sempre temos que estar prontos para atender o outro, ajudar o outro, fazer pelo outro. É quase que uma obrigação você atender às necessidades e demandas das pessoas. Você se sente culpado, ruim, mal, se não ajudar o outro. 


Hoje, luto pra ocupar somente o espaço que me foi ofertado. Hoje, tento ocupar somente o meu quadrado. Sem me sentir culpada por estar “sem fazer nada”. Sem me culpar pelo outro “fazer mais”. 



E acabar com essa crença de que precisamos sempre fazer mais e mais. 

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